ATA DA DÉCIMA SESSÃO SOLENE DA QUARTA SESSÃO
LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA PRIMEIRA LEGISLATURA. EM O4.O6.1996.
Aos
quatro dias do mês de junho do ano de mil novecentos e noventa e seis
reuniu-se, na Sala de Sessões do Plenário Aloísio Filho, a Câmara Municipal de
Porto Alegre. Às quatorze horas e cinqüenta minutos constatada a existência de
“quorum”, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos da presente Sessão,
destinada a entrega do Titulo Honorífico de Cidadã de Porto Alegre à Professora
Maria Luiza Lopes Alves nos termos do
Requerimento n° 133/95 (Processo n° 2381/95), de autoria do Vereador Mário
Fraga, por solicitação do Vereador Isaac Ainhorn. Compuseram a MESA: O Vereador
Isaac Ainhorn, Presidente desta Casa, o Vereador Edi Morelli, 1º
Vice-Presidente, a Professora Maria Luiza Lopes Alves, Homenageada, a
representante do Senhor Prefeito Municipal Interino, Senhora Dolores Campos, a
representante da Secretaria de Educação do Estado, Senhora Rosemari Reinhardt e
o representante do Comando Militar do Sul, Coronel Irani Siqueira. Após, o
Senhor Presidente concedeu a palavra aos Vereadores que falariam em nome da
Casa. O Vereador Reginaldo Pujol, em nome da Bancada do PFL, ressaltou as
qualidades de educadora da Homenageada, agradecendo e cumprimentando-a pelo
importante trabalho que realiza na área da educação. O Vereador Isaac Ainhorn,
em nome das Bancadas do PDT, PT, PTB, PMDB, PPB, PC do B, PSDB e PST,
justificou a proposição da presente homenagem, salientando o trabalho singular
que a Homenageada tem realizado em beneficio do menor. Logo após, o Senhor
Presidente convidou a Senhora Elenara Nagelstein, a Senhora Luiza Maisonave e a
Senhora Sara Stolnik para fazerem a entrega da Medalha à homenageada, e a
Senhora Almira Romero Lopes, sua mãe para entregar-lhe o Diploma. A seguir, o
Senhor Presidente fez a entrega da Obra Comemorativa do 10° aniversário desta
Casa, “ Porto Alegre à beira do Rio e do Meu Coração” à homenageada, e também
registrou a presença da Senhora Maria Helena Magalhães, Representante da
Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho, do Senhor Antonio Carlos, filho da
homenageada e dos netos desta. Em prosseguimento, o Senhor Presidente concedeu
a palavra à Senhora Maria Luiza Lopes Alves que agradeceu a presente homenagem,
expressando sua profunda emoção diante da mesma. Logo após, o Senhor Presidente
convidou a neta da homenageada para que lhe entregasse as flores que seu filho
enviou de São Paulo. Às quinze horas e cinqüenta minutos, nada mais havendo a
tratar, o Senhor Presidente agradeceu a presença de todos e declarou encerrados
os trabalhos convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Solene que se
realizará logo após às dezesseis horas. Os trabalhos foram presididos pelos
Vereadores Isaac Ainhorn e Edi Morelli e secretariados pelo Vereador Edi
Morelli, como secretário “ad hoc”, do que eu, Edi Morelli, secretário “ad hoc”,
determinei fosse lavrada a presente Ata que, após distribuída em avulsos e
aprovada, será assinada pelos Senhores Presidente e 1° Secretário.
O
SR.PRESIDENTE (Isaac Ainhorn): Nós damos por aberta a 10° Sessão Solene, da 4ª
Sessão Legislativa Ordinária, da Legislatura, que se destina à outorga do
Titulo Honorífico de Cidadã de Porto Alegre à Profa. Maria Luiza Lopes Alves.
Nós convidamos a nossa homenageada para
integrar a Mesa. Convidamos, também, a Sra. Dolores Campos, representante do
Sr. Prefeito Municipal de Porto Alegre; convidamos a Sra. Rosemari Reinhardt,
representante da Secretaria de Educação do Estado; convidamos o Coronel Irani Siqueira,
representante do Comando Militar do Sul. Convidamos também, para integrar a
Mesa, o Ver. Edi Morelli, 1° Vice-Presidente desta Casa. Registramos também a
presença do Ver. Reginaldo Pujol a esta Sessão Solene. Passamos a palavra ao
Ver. Reginaldo Pujol a esta Sessão Solene.
Passamos a palavra ao Ver. Reginaldo Pujol,
que fala por sua Bancada, o PFL.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Ilustre Profa. Maria Luiza Lopes
Alves, Cidadã de Porto Alegre que hoje, de forma oficial, recebe a honraria de
se integrar na galeria daquelas pessoas ilustres que a sensibilidade dos
representantes do povo assim entende de consagrar. Digníssima Sra. Dolores
Campos, representando o Sr. Prefeito Municipal interino; Sra. Rosemari
Reinhardt, representando a Secretaria de Educação do Estado; caro amigo Cel.
Irani Siqueira, digníssimo representante do Comando Militar do Sul; Srs.
Vereadores, meus Senhores e minhas Senhoras.
Essa iniciativa do Ver. Isaac Ainhorn de
propor, juntamente com o Ver. Mário Fraga, essa honraria a ser entregue à
professora Maria Luiza Lopes Alves de
transformá-la em Cidadã de Porto Alegre, é um fato que o nosso Legislativo
precisa assinalar condignamente. Em verdade, toda vez que uma cidade, com
justiça, promove uma homenagem a uma educadora, nós estamos dando realce
necessário à prioridade que todo homem público, todos aqueles com
responsabilidade com a coisa pública, dá à educação do povo como elemento
fundamental na transformação de uma sociedade que permanentemente busca alcançar
os seus objetivos.
O Ver. Isaac Ainhorn e o Ver. Mário Fraga, um
como inspirador e o outro como executor da proposição, lograram alcançar, ainda
no ano de 95, a solidariedade de todo o Legislativo de Porto Alegre, que de
forma unânime reconheceu a justeza da homenagem que se pretendia perpetuar
através do Processo n° 2381/95 analisado por todas as comissões da Casa e, em
especial, pela Comissão de Educação e Cultura, que, unanimemente, recomendou a
aprovação do Projeto de Lei.
Vejam todos os senhores e senhoras que aqui
estão presentes que eu, com freqüência, enfatizo a circunstância da unanimidade
com que essa proposição foi acolhida por todas as comissões técnicas e,
finalmente, pelo Plenário desta Casa. Aqueles que são menos afeitos às coisas
do Legislativo devem entender que eu sou meio enfadonho nessa repetição.
Permito-me esclarecer que as unanimidades nas Casas legislativas não são fatos
corriqueiros. Quando elas acontecem, precisam ser devidamente sinalizadas, para
que fique caracterizado o consenso que se formou em torno de determinado
processo. Como se trata da maior homenagem que o Legislativo de Porto Alegre
pode conceder a qualquer cidadão de Porto Alegre, a inclusão de seu nome na
galeria dos mais ilustres da Cidade exige disposições regimentais que até
disciplinam de forma rigorosa a concessão desses títulos. Antes de o titulo ser
proposto, ele precisa ser triado. Só tramita o processo, quando todos os
líderes oferecem a sua concordância.
Então, o processo Legislativo, que gerou a
homenagem de hoje teve uma tramitação normal, tranqüila, pacifica e unânime.
Como o grande tribuno da tarde será o Ver. Isaac Ainhorn, o inspirador
dessa homenagem, a minha vinda aqui tem
a função de assinalar a concordância da Bancada do Partido da Frente Liberal,
que prioriza a educação como uma das metas programáticas.
A Câmara Municipal, que será representada na
figura do Ver. Isaac Ainhorn, que efetivamente se envolve nesta homenagem,
porque reconhece na homenageada os atributos e as qualidades de educadora. Todos
nós agradecemos pelo trabalho que, ao longo de tanto tempo, fez por esta
Cidade, trabalho esse cujos frutos se vêem espalhados até mesmo neste Plenário
e que representa a maior contribuição que o ser humano pode dar ao próximo:
introduzi-lo no saber, na cultura, dando condições de melhor entender a vida,
melhor refletir sobre as coisas do cotidiano, algo que só é possível fazer
quando estão integrados no processo do conhecimento através da educação,
através da cultura e através do ensino. A Dona Maria Luiza, ao longo do tempo,
outra coisa não tem feito se não acionar este processo. De tal sorte, que
algumas pessoas me surpreendem no dia de hoje, como o meu amigo Jairo Maciel,
dirigente do Partido Social Cristão, comparece a este Ato para com ele se solidarizar
em função de reconhecer o grande trabalho de Maria Luiza Lopes Alves em prol da
educação na Cidade de Porto Alegre. Por
tudo isso, Sr. Presidente, dignos Convidados, nós do Partido da Frente Liberal,
nos sentimos muito felizes em
participar, ainda que palidamente, desta homenagem. À Professora Maria
Luiza, os nossos sinceros cumprimentos e a certeza de que mais do que honrá-la
com o Titulo de Cidadã de Porto Alegre, a Senhora dignifica nossa galeria de
Cidadãos, através do seu nome, da sua trajetória, de seu retrospecto, da sua
própria história, história toda ela comprometida com a educação, com o saber e
com o conhecimento. Muito obrigado, Professora, pelo bom exemplo que a Senhora
dá à Cidade de Porto Alegre. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
SR.
PRESIDENTE: Nós
vamos solicitar ao 1° Vice-Presidente desta Casa, Ver. Edi Morelli, para que
assuma a Presidência dos trabalhos a fim de que este Vereador possa se
manifestar.
O SR.
PRESIDENTE (Edi Morelli): Com a palavra o Ver. Isaac Ainhorn.
O SR. ISAAC
AINHORN: (Saúda
os componentes da Mesa e demais presentes.)
Devemos referir, antes de mais nada, o
histórico desta Sessão Solene, que tem uma natureza peculiar e original, e que
hoje outorga à Profa. Maria Luiza Lopes Alves o Titulo de Cidadã de Porto
Alegre. Antes de mais nada, convém referir aqui, Ver. Edi Morelli, que preside,
nesta oportunidade, os trabalhos desta Sessão, que, no ano passado, fomos
procurados por três ilustre figuras, senhoras da nossa Cidade, sugerindo que
fizéssemos uma homenagem especial por todos os serviços, por tudo o que a
Profa. Maria Luiza Lopes Alves tinha feito em beneficio do menor, da criança,
homenageando e reconhecendo todo um trabalho através da outorga da Cidadania de
Porto Alegre a essa figura ímpar e singular que a nossa Cidade conquistou.
Refiro-me aqui à visita que, no ano passado recebi em gabinete, e, naquela
oportunidade, nem imaginava que viria a ser neste ano o Presidente da Câmara de
Vereadores. Não imaginava que eu estaria a presidir os trabalhos da Sessão
Solene que outorgaria o Titulo de Cidadã de Porto Alegre à Profa. Maria Luiza.
Fui procurado pelas Senhoras Sara Stolnik, Luiza Maisonnave e Elenara
Nagelstein, todas pessoas com quem tenho convívio e relações de amizade e
familiares. E fui procurado por essas senhoras que me solicitaram: “Isaac, nós
temos que prestar uma homenagem especial a esta figura, à Professora Maria
Luiza. Podes, inclusive, não ter o conhecimento, não teres a relação pessoal
com a Profa. Maria Luiza”. E começaram a me referir, começaram a me falar quem
era a Profa. Maria Luiza Lopes Alves e o trabalho que realizou no curso desses
anos que reside em Porto Alegre. Imediatamente, me dei conta, realmente, que
estávamos frente a uma pessoa singular, a uma pessoa que merecia o reconhecimento
da comunidade, o reconhecimento da representação popular da Cidade de Porto
Alegre expressa nesta Câmara de
Vereadores. Eu tinha um obstáculo, e aqui faço esta referencia explícita.
Vereador, por ano legislativo, tem o direito de outorgar um título anualmente a
uma pessoa, e eu já tinha, naquela oportunidade, usado a minha faculdade de
outorgar um título a uma figura também não menos ilustre e não menos
representativa por um conjunto de trabalhos que já tinha feito na Cidade de
Porto Alegre o Prof. David Zimerman. Naquela oportunidade, eu disse à Sara, à
Luiza e à Helenara que eu iria descobrir, nós iríamos buscar uma fórmula de
outorgar o Título de Cidadã de Porto Alegre a uma pessoa que reconhecidamente
tinha um conjunto de ações, um currículo que orgulharia aqueles que votassem
lhe deferindo o Título de Cidadã de Porto Alegre. Na oportunidade, conversei
com o meu colega de Bancada, Ver. Mário Fraga, que prontamente se dispôs, uma
vez que ele não tinha feito nenhuma indicação naquele ano legislativo, a ser o
subscritor daquele Projeto de Lei, e hoje, mercê deste esforço coletivo, deste
reconhecimento... Tenho certeza a que, quando estas Senhoras vieram à Câmara de
Vereadores e me procuraram, elas não estavam apenas expressando o sentimento individual
delas, mas estavam expressando um sentimento de uma parcela significativa e
representativa da nossa sociedade, que apenas queria ver a Cidade de Porto
Alegre reconhecendo os méritos e o trabalho desta quaraiense que elegeu Porto
Alegre para aqui viver, para criar os seus filhos e netos e prestar todos esses
serviços de que temos conhecimento e que é uma obra fantástica, nunca se
preocupando em querer ocupar os cargos a não ser simplesmente pela dignidade
que os cargos poderiam lhe conferir. Não, o seu currículo a sua ação revela
exatamente que, antes de mais nada, a Professora Maria Luiza, como educadora,
estava preocupada com o conteúdo das suas ações, e assim percorreu esses mais
de trinta anos em uma atividade permanente e que, certamente, orgulha a todos
nós, aqueles que tiveram a oportunidade de privar com ela durante todos esses
anos, de acompanhar o seu trabalho, o seu esforço, a sua dedicação. Hoje,
simplesmente, estamos aqui sacramentando, do ponto de vista legal e de direito,
através de uma lei sancionada pelo Sr. Prefeito, e que antes foi objeto de
aprovação desta Casa, apenas reconhecendo uma situação que, de fato já existia,
porque, por opção, ela já é uma porto-alegrense. Hoje, nesta Sessão Solene,
estamos, aqui, de forma fraternal, calorosa, com muita densidade humana, neste
encontro em que tantas pessoas acorrem a esta Casa para prestar esta homenagem
por ocasião da outorga da Cidadania de Porto Alegre à professora Maria Luiza.
Há uma lei na Cidade de Porto Alegre que permite a outorga da cidadania
porto-alegrense. Mas o que leva afinal, o que faz com que uma pessoa seja
reconhecida para conquistar a condição, por lei, de Cidadã de uma cidade que
optou para viver? Nada mais nada menos do que a sua história. Umas com mais
densidade na sua vida, outras com menos densidade. Mas podemos dizer, com
tranqüilidade, que neste caso, apenas está-se perpetuando o reconhecimento
inequívoco de alguém que atuou e trabalhou numa das áreas mais importantes para
quem pretende construir uma ação que marque um caminho de solução na nossa
sociedade. E nós temos consciência que em algumas áreas - na área da educação,
da atenção ao menor, da promoção ao deficiente - estão os caminhos não só de
uma ação de conteúdo mas também de uma ação que busca, sobretudo, construir um
país sério e responsável. Ninguém consegue realizar algo neste País se não
investir em educação. Parece o óbvio. Todo o mundo faz esta afirmativa, mas
infelizmente o cotidiano é que, muitas vezes, a educação fica na retórica, fica
mais no discurso do que propriamente
nas ações.
Nós assistimos, com tristeza, à desativação,
nos últimos anos, quer seja em nível estadual, quer seja em nível federal, de
inúmeros órgão, de instituições. É com tristeza que nós assistimos a isso,
porque essas deveriam ser demarcadas para que surgissem outras mais fortes, mas
infelizmente não é isso que ocorre, infelizmente, desativam algumas
instituições importantes e não surgem novas para substitui-las. Pelo contrário,
simplesmente desativam em nome de uma nova proposta. Há poucos dias, assistimos
a uma desativação de um albergue, neste inverno rigoroso que nós temos aqui,
sabemos da dificuldade que algumas pessoas têm para encontrar um lugar para
passar a noite, um lugar para onde se dirigir. Infelizmente existe muito discurso
e pouca ação. Quem quer que seja, em relação a esses segmentos que precisam de
nosso apoio, quando nós nos defrontamos com menor nas sinaleiras, nas esquinas
de nossa Cidade, a pergunta, Professora Maria Luiza, é sempre a mesma: será que
nós, como seres humanos, será que nós, como homens públicos, temos condições de
resolver estes problemas?
Eu vim fazer uso desta tribuna para trazer a
vocês algumas reflexões sobre essas questões, neste momento em que se inicia o
inverno, nesta tarde festiva, para que todos possam, pelo reconhecimento, pelo
trabalho silencioso e permanente, à Professora Maria Luiza agradecer. Se nós
tivéssemos mais professoras Maria Luiza, muitos dos problemas que existem neste
Estado, que é incapaz de resolvê-los, nós já teríamos resolvido. Esta é a grande verdade! ( Palmas.)
Por isso, ao encerrar estas palavras, Edi
Morelli, eu gostaria de dizer da minha satisfação de ter uma parcela de
responsabilidade nesta homenagem, a quem eu dividido com a Sara, com a Luiza e
com a Helenara, que me procuraram: divido com vocês e divido também esta
alegria com todos aqueles que um dia tiveram o carinho e atenção generosa da
Professora Maria Luiza. Por isso, apensar de não tê-la conhecido antes, eu me
orgulho de ter participado dessa parceria que foi capaz de juntos termos hoje
outorgado o título de Cidadã de Porto Alegre à Professora Maria Luiza Lopes
Alves.
É uma honra, Professora, tê-la na galeria dos
cidadãos de Porto Alegre é um orgulho para esta Cidade e é um orgulho para esta
casa ter lhe outorgado o título que hoje estamos lhe deferindo. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Edi Morelli): Antes de devolver a condução dos trabalhos ao proponente desta Sessão
Solene, Ver. Isaac Ainhorn, Presidente desta Casa, devo dizer que me retirei
porque a Comissão da qual faço parte, de Defesa do Consumidor, está me
aguardando para colher depoimento de pessoas; segundo, quero parabenizar a
Professora Maria Luiza e principalmente a sua mãe, pois sem ela não existiria
homenagem.
O SR.
PRESIDENTE (Isaac Ainhorn): Antes de passarmos à entrega do Título, da Medalha e do Livro, nós
gostaríamos de registrar que recebemos, neste momento um fax subscrito pelo
General do Exército Dirceu Ribas Correia, Comandante Militar do Sul no seguinte
teor: “ Em virtude de compromissos assumidos, lamento informar a minha
impossibilidade em comparecer à Sessão Solene de outorga do Título Honorífico
de Cidadã Emérita de Porto Alegre à Sra. Professora Maria Luiza Lopes Alves na
tarde do dia 04 de junho, nesta Câmara de Vereadores. Outrossim, informo a V. Exa. que me farei representar no evento
pelo Cel. Irani Flores de Siqueira, Assessor Parlamentar deste Comando.
Aproveito, ainda, a oportunidade para cumprimentar a ilustre agraciada pela
honrosa e justa homenagem e renovar protestos de estima e consideração!”
Vamos convidar a Sra. Helenara Nagelstein,
Luiza Maisonave, Sara Stolnik para fazermos, a entrega da medalha. Vamos
convidar também a mãe da homenageada, Sra. Almira Romero Lopes, para entregar o
Diploma à nossa homenageada.
(É feita a entrega do Diploma.) (Palmas.)
Eu queria, nesta oportunidade, também fazer a
entrega à Prof. Maria Luiza de uma obra recentemente editada, por ocasião do
10° aniversário da Câmara Municipal de Porto Alegre.
Nós
gostaríamos, ainda, de registrar as presenças: do representante da FESC, Sr.
Zorzi; representante do CTG 35, Sra. Sirlei; da representante da Fundação
Maurício Sirotsky Sobrinho, Maria Helena Magalhães; da mãe da homenageada, Sra.
Almira Lopes, que fez a entrega do título à nossa homenageada; do filho da
homenageada, o Sr. Antônio Carlos; dos netos: o André, a Tatiana, a Taís, o
Rafael e a Gabriela.
Passamos a palavra à razão maior desta
Sessão, que é a nossa homenageada.
A SRA. MARIA
LUIZA LOPES ALVES: (Lê.) “Sr. Presidente, autoridades presentes ou representadas, Sr.
Vereadores, Presidente do M.G.M, meus amigos. Em primeiro lugar, louvemos ao
Senhor pela existência desta Casa, que é exemplo de democracia para todo o
Brasil e até para muitos países do chamado primeiro mundo.
Louvemos ao Senhor, por termos políticos que
entendem que política é a ciência do
bem comum.
Agradeço ao M.G.M, que me deu oportunidade de
conhecer tantas pessoas, a só esta entidade e às escolas onde atuei, credito a
honra que estão me distinguindo.
Aqui estou atendendo á pressão amiga de Sara
Sibemberg Stolnik, filha do idealizador do M.G.M, e aqui me considero
representante de todas as pessoas que ali prestaram sua colaboração voluntária,
muito bem remuneradas pelas alegrias que recebemos, todas, de poder servir
nosso próximo.
A proposição do Ver. Mário Fraga e a
solicitação do Presidente Isaac Ainhorn para que me fosse concedido este tão
honroso título, apresentam felizes coincidências: a primeira é de uma família à
qual fui ligada por laços muito afetivos, e a segunda é da de professor, o que
nos identifica com o ideal de educadores.
Porto dos Casais, Porto Alegre, vila e depois
cidade que nasceu de um grupo de famílias que vieram da Pátria Mãe, que vieram
alegrar e fazer florescer esta
Metrópole que é orgulho de nosso Rio Grande.
Chequei aqui menina, vinda de Quaraí, meu
berço natal. Nascida de uma família que, semelhante à de meu marido, entendeu
que conviver é viver com e assim enxergam o próximo como a extensão de nós
mesmos.
Lembro, com saudades, de Porto Alegre do meu
tempo de menina estudante.
Dos bondes que aproximavam as pessoas, das
gentilezas trocadas: minha mãe, ao preparar nossas merendinhas para o colégio,
preparava mais uma para o motorneiro e outra para o cobrador.
Dos passeios pelo jardim Zoológico e o
trenzinho da Pedra Redonda. Das balsas que nos tornavam mais íntimos com o Guaíba.
Já com nossos dois filhos, Antônio Carlos e
José Luiz, meu marido Hugo da Cunha Alves e eu passávamos deliciosas tardes no
Parque da Redenção, com toda a segurança.
Toda esta tarde não seria suficiente para
lembrarmos todas as alegrias que desfrutamos nesta querida Cidade.
Minha família já havia adotado Porto Alegre.
Agora sou eu que estou sendo adotada.
Tenho certeza de que meu pai, irmão, avós e
tios, bem como meus sogros e cunhados que já se foram estariam tão felizes como
estão minha mãe, filhos, netos, irmãs e tias aqui presentes.
Agora posso dizer que sou conterrânea de
muitos aqui presente, e à Nossa Senhora, Mãe de Deus, padroeira de nossa
Cidade, invoco suas bênção sobre todo este povo que me tornou credora da “maior
gratidão”. Muito obrigada. ( Palmas.)
(Não revisto pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE: Convido
a Sra. Gabriela para entregar à Profa. Maria Luiza as flores que seu filho enviou de São Paulo.
(Procede-se á entrega das flores.) ( Palmas.)
Sinto-me extremamente gratificado por ter
tido a oportunidade, junto com vocês, de participar desta homenagem. Não é
tão-somente a Câmara de Vereadores que presta essa homenagem; a Cidade de Porto
Alegre também presta esta mesma homenagem. Já assisti a inúmeras homenagens,
mas quero deixar registrado que esta homenagem foi uma daquelas que deixam a
sua marca no íntimo de nos todos.
Agradeço a presença de todos os presentes.
Estão encerrados os trabalhos.
(Encera-se a Sessão às 15h50min.)
* * * * *